A Antiguidade das Escrituras: Os Escritos

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A Antiguidade das Escrituras: Os Escritos


Escrito por: Christopher Eames

Traduzido por: Hugo Martins

“Traduzido e Republicado com a permissão de Watch Jerusalem


A datação da Bíblia é, no mínimo um tópico controverso. Os tradicionalistas dizem que a Torah foi escrita por Moisés 15º século; os Salmos, a maioria por Davi, no século 10; Daniel? Sexto século A.E.C.

Revisionistas, por outro lado, dizem que a Torah foi escrita após o cativeiro Babilônico—junto com o restante, realmente. Daniel? Segundo século A.E.C. Eles também dizem que os livros com nomes individuais foram mais provavelmente escritos por múltiplos escritores desconhecidos.

Este é um debate intenso. Quão antigos e autênticos são os escritos bíblicos? Podemos realmente saber a resposta?

Este artigo conclui nossa série de três partes examinando a evidência arqueológica, o estilo linguístico, o conteúdo textual e obras contemporâneas relacionadas à autenticidade da Bíblia. A Bíblia Hebraica é dividida em três seções principais: a Torah (Lei), os Profetas e os Escritos. Para esta última parte, vamos analisaremos os Escritos.

Os Escritos incluem um grande número de livros da Bíblia Hebraica. Tentando evitar que este artigo se transforme em uma obra muito volumosa, abordaremos apenas alguns. Abordaremos os primeiros livros brevemente antes de nos aprofundarmos em Daniel—mais do que qualquer outro, este livro recebe escrutínio e criticismo intensos. (Observação: Daniel é, obviamente, um dos profetas bíblicos; seu livro, no entanto, é classificado na Bíblia Hebraica como parte dos Escritos—por esta razão, o abordamos aqui.

O Livro de Rute

Os tradicionalistas dizem que este livro foi provavelmente escrito muito cedo, provavelmente pelo Profeta Samuel. Minimalistas dizem que foi escrito bem depois do exílio de 585 A.E.C. Eles concluem que é uma estória alegórica, formulado como uma resposta às leis rígidas que Esdras e Neemias estavam impondo contra o casamento com gentios.

À parte dos cinco primeiros livros da Bíblia (a Torah), a escrita hebraica em Rute é um dos estilos mais antigos encontrados em qualquer lugar na Bíblia—se não o mais antigo. O uso repetido de termos e grafias muito antigos seria extremamente incomum—se não virtualmente impossível—para um escritor pós-exílio escrever com precisão. Assim, naturalmente, se encaixa em um período muito antigo de escrita, e, como um proeminente crítico admitiu, a “pureza” estilística antiga do livro remonta “indiscutivelmente ao período pré-exílio” (pré-586 A.E.C.).

Em relação a alegação de que este livro foi uma resposta para a observância rigorosa das leis maritais impostas por Esdras e Neemias, é claro que retratar o casamento inter-racial favoravelmente não é, definitivamente, a intenção do livro de Rute. Isto é evidenciado por vários fatores, mas seria um estudo separado, e longo. Para os fins neste artigo: mesmo se fosse uma composição retaliatória, qualquer tentativa de figurar o casamento inter-racial favoravelmente no período pós-exílio teria, quase certamente, uma resposta enfática (os incidentes com Neemias e Esdras, não obstante). Seria um exagero tremendo acreditar que tal livro apócrifo revolucionário, tardio, fraudulento fosse aceito no cânone sagrado das Escrituras pelas rigorosas autoridades judaicas. Certamente, não teria sido elaborado em retaliação a Neemias e Esdras—considerando, particularmente, o grande reconhecimento dado a Esdras em organizar e preservar o cânone bíblico.

O elemento primário de evidência para este livro é, então, seu estilo textual que aponta certamente para uma data de composição muito antiga, uma que se adequaria comodamente no período de tempo de Samuel—por volta do 11º século A.E.C. Sem dúvidas, não 600 anos depois.

O Livro das Lamentações

Tradicionalistas dizem que Jeremias escreveu Lamentações após a morte do Rei Josias—sabendo que Judá enfrentava destruição iminente (2 Crônicas 35:25). Alguns tradicionalistas acreditam também que foi escrito somente após a destruição de Jerusalém—aproximadamente dentro do mesmo período de tempo. Os céticos dizem que Lamentações é uma ficção muito tardia, uma ideia teológica do que a destruição de Jerusalém pareceu.

Há muitas similaridades entre o estilo e a terminologia entre os livros de Jeremias e Lamentações, faria sentido, portanto, que o mesmo autor escrevera ambos os livros. Minimalistas, naturalmente, dizem que ambos foram escritos por um autor tardio. Mas a arqueologia tem algo a acrescentar acerca da composição de Lamentações.

[Uma parte da inscrição da pedra de Zayit encontrada em 2005. (Escavações Zeita e Autoridade de Antiguidades de Israel)]

Este livro está escrito em um estilo acróstico, seguindo cada letra do alfabeto hebraico. A ordem alfabética do primeiro capítulo é a mesma do alfabeto hebraico tardio moderno. No entanto, os acrósticos encontrados nos três capítulos restantes são diferentes do alfabeto hebraico de escritos tardios. A ordem alfabética de dua letras—ayin e peh—está trocada. Isto tem precedente arqueológico antigo, indicando, assim, que o texto é de uma data de composição um pouco mais antiga. Um “alfabeto” hebraico, datando do 10º século A.E.C., foi encontrado durante escavações em Tel Zayit (ver acima). A ordem de diversas letras neste alfabeto descobriu-se ser diferente do alfabeto hebraico moderno—incluindo a reversão das letras ayin e peh, bem como a parte principal dos acrósticos em Lamentações. Partindo deste, e de outros alfabetos relacionados encontrados, podemos deduzir que nos dias de Jeremias boa parte do alfabeto tinha sido mudado para a ordem mais recente—exceto por um pequeno resquício da ordem de ayin e peh. Se o livro de Lamentações tivesse sido escrito em tal data tardia, seria de se esperar que todo o livro, em vez disso, estivessem na ordem alfabética do hebraico moderno tardio.

Além disso, Lamentações contém um termo incomum—o uso de “nachnu” em vez da forma comum “anachnu.” O uso raro e incomum deste termo tem sido mostrado pela arqueologia nas Cartas de Laquis—uma coleção de inscrições que remontam precisamente ao período de tempo de Jeremias. Esses pequenos indícios ajudam a situar Lamentações dentro do período de tempo correspondente por volta de 600 A.E.C.

[Lado frontal de uma réplica da Cartas de Laquis III]

O Livro de Daniel

A autoria do livro de Daniel é uma parte fundamental neste debate, então dedicaremos um tempo a mais com ele. Daniel contém algumas profecias vívidas relativas aos impérios que levantar-se-iam e cairiam no cenário mundial. Tradicionalistas dizem que o livro é como ele afirma ser: escrito por Daniel durante as datas afirmadas pelo texto (sexto século A.E.C.). Revisionistas e estudiosos dizem que não há nenhuma maneira de que profecias tão incrivelmente precisas pudessem ter sido compostas previamente. Eles atribuem, em razão disso, uma data tardia para a composição de Daniel—o segundo século A.E.C., especificamente, após muitas de suas profecias (incluindo especialmente Antíoco Epifânio) terem acontecido. Não há como explicar uma composição primitiva para o livro sem crer na inspiração divina.

Aqueles que apontam para uma data tardia, “pós-profecia” produzem diversas “provas”. Em razão de Daniel ter usado termos gregos, eles dizem que deve ter sido tardiamente, mais exatamente durante o período de tempo helenístico. Ele dizem, também, haver problemas com outros elementos da linguagem. Críticos também apontam que certas partes no livro eram desconhecidas do período de tempo de Daniel, devendo, portanto, ter sido o produto da imaginação de um escritor tardio.

Vamos examinar esses argumentos.

Linguagem

[Imagem de uma musa com uma cítara em uma taça eritreia c. 465 A.E.C. (Louvre)]

O livro de Daniel, na verdade, tem apenas três termos gregos em sua totalidade. Esses termos estão contidos em um único versículo [Dn 3:5]—e todos eles se referem a determinados instrumentos musicais. Eles não fornecem qualquer prova para o livro ter sido composto em uma data tardia. Um desse termos, kitharos, tem sido encontrado em uso tão cedo quanto o oitavo século A.E.C. Symphonia tem sido encontrado em uso durante o sexto século A.E.C. O termo final [psalterion] que Daniel usou ainda não tem sido encontrado em fontes primitivas, mas considerando que atualmente temos menos do que 10% dos escritos gregos clássicos, um termo grego não pode ser tomado como evidência para datar Daniel no segundo século A.E.C. Não seria impossível, nem incomum, para grupo de termos técnicos gregos denotando instrumentos especializados ter sido usado no sexto século nas cortes babilônicas.

O que seria incomum é uma composição do segundo século ter tão significativamente evitado terminologia grega. Se Daniel tivesse sido escrito durante o segundo século—perto do auge da helenização—teria tido termos gregos através dele. Em vez disso, encontramos apenas três.

Alguns estudiosos apontam para a presença de termos persas em Daniel, indicando uma data posterior. De fato, os 15 termos persas usados se referem principalmente a posições administrativas, e Daniel é muito claro em descrever a si mesmo como vivendo e escrevendo durante o período do governo persa. Esperar-se-ia dele usar termos persas. Seis desses termos não são encontrados em uso tardio após o fim do quarto século A.E.C. Todos eles são considerados termos “persas antigos”, encaixando com uma data primitiva de escrita.

O corpo de Daniel foi escrito em aramaico e hebraico. Inicialmente, os críticos afirmaram que o aramaico [usado] pertencia a um estilo ocidental tardio, encaixando-se, assim, com uma data posterior. Essa suposição teve que ser revisada à luz da descoberta arqueológica. Acontece que o aramaico escrito está no estilo imperial antigo—o tempo correspondente ao período de Daniel. Seria natural que ele tenha escrito muito do texto em aramaico que era a língua mais falada nas cortes babilônicas. Isto faz os críticos dizerem que os escritores tardios devem ter falsificado um estilo aramaico primitivo—algo que teria sido muito difícil.

A escrita hebraica parece ser bem consistente durante os anos os quais Daniel é tradicionalmente situado em vez de períodos posteriores. Não há nenhuma razão para colocar o hebraico mais tardio do que o sexto século A.E.C. Alguns dizem que é, de qualquer modo, inútil tentar datar Daniel pelo hebraico, dando provas de que Daniel foi real e originalmente escrito inteiramente em aramaico primitivo antes de ser parcialmente traduzido para o hebraico.

Assim, a evidência linguística coletiva aponta para uma data primitiva. E os elementos específicos de fraseologia—tais como o uso do termo “Senhor do céu”—apontam para uma data primitiva. (Essa frase não foi utilizado, mais tarde, durante o período macabeu devido a posteriores associações com o deus pagão Zeus).

Uma nota final sobre a linguagem: Há cerca de 20 termos assírios babilônicos no livro de Daniel. Se o livro realmente tivesse sido escrito em uma data tardia, não esperar-se-ia que tais termos tivessem sido utilizados quatro séculos após a queda do império babilônico.

Historicidade

Certos elementos do livro de Daniel ainda não foram totalmente comprovados pela arqueologia, tão minimalistas dizem que devem ter sido a invenção de escritores fantasmas com uma ideia tenebrosa de como os impérios babilônicos e persas eram.

Realmente, as descrições de Daniel da vida nos centros dos poderes babilônicos e persas têm sido provadas serem muito precisas. Descobertas arqueológicas constantemente confirmam seus estudos, tornando quase impossível ter sido escrito por alguém em uma terra longínqua cerca de centenas de anos depois. As descrições de Daniel dos programas de desenvolvimento de Nabucodonosor, jactância, ameaças intempestivas e, possivelmente, até mesmo, um amor por árvores de cedro (Daniel 4) têm todas sido confirmadas arqueologicamente.

Numerosas fontes antigas confirmam o relato de Daniel da queda de Babilônia, incluindo os registros do Rei Ciro em si. Outros detalhes foram confirmados, tais como quão rígidas as leis dos medos e dos persas eram—até mesmo um rei não poderia revogar suas próprias leis. Por outro lado, reis babilônicos, casualmente, poderiam mudar as suas leis, como Daniel semelhantemente registrou. Lembra-se de Dario, Daniel e a cova dos leões? A arqueologia tem descoberto um caso semelhante onde um homem foi executado por ordem do rei, mesmo que após o decreto ser feito, ele ser considerado inocente. Não havia nada que o angustiado rei poderia fazer. Tal era a natureza rígida da lei medo persa.

Estudos têm confirmado que chamam eram um modo de punição babilônico, em vez de um método persa. Os persas também mantinham leões enjaulados. Daniel detalhou com precisão a burocracia governamental. Ele registrou acuradamente o reino de Belsazar, um corregente provado pela arqueologia e a quem o famoso historiador Heródoto, do quinto século A.E.C., não menciona. Daniel relatou que Belsazar lhe ofereceu uma posição como terceiro governante no reinando, pois Belsazar ocupava a segunda, a posição de corregente, abaixo de seu pai Nabonido.

Há até mesmo semelhança entre o texto em Daniel e um texto paralelo babilônico do sexto século. Isso é mostrado na Inscrição de Nabonido. Abaixo está uma parte do texto, e o quão parecida é uma parte do texto em Daniel:

Inscrição de Nabonido: “Eu orei [aos] deuses de prata, de ouro, [de bronze, de ferro,] de madeira e de cal, porque [eu pensava e considerava-] lhes deuses . . .”

Daniel 5:23: “. . . deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem . . .”

A passagem em Daniel 5 é uma condenação de Belsazar. Se Daniel tivesse sido escrito muito mais tarde, como poderiam escritores fantasmas ter produzido um texto tão aproximadamente paralelo ao que circulou dentro das cortes reais da Babilônia?

[Cilindro de barro completo de Nabonido que menciona Besazar (Cortesia dos Curadores do Museu Britânico)]

Os detalhes incrivelmente precisos (e há muito mais)—mesmo o reboco dos muros do palácio da Babilônia (verso 5)—torna ridícula pensar que algum escritor macabeu, centenas de anos depois e vivendo na judeia, poderia registrar a história mais precisamente até mesmo do que o historiador Heródoto que viveu após o período de tempo descrito.

Obviamente, nem todo termo de Daniel tem sido confirmado pela arqueologia. Há ainda alguma ambiguidade quanto a identidade de Dario o Meda—como foi com Belsazar até que sua existência fosse provada. Algumas evidências existentes apontam para Dario, que teria servido como governador da Babilônia sob o Rei Ciro. Certas evidências também apontam para a fase de loucura de Nabucodonosor.

Até mesmo uma possível referência para os três amigos de Daniel foi encontrada em um prisma babilônico. O prisma lista oficiais babilônicos durante o reino de Nabucodonosor. Um dos nomes é Ardi-Nabu, um equivalente direto para o aramaico “Abed-nego.” Um outro nome é Hananu—este pode ser a Ananias, também conhecido como Sadraque (Dn 1:7). O terceiro, Mushallim-Marduk—possivelmente Misael, também conhecido como Mesaque (mesmo verso).

O volume preciso de informações históricas contidas em Daniel é imenso. Para saber mais sobre como esses e outros detalhes apontam para uma data tradicional no sexto século A.E.C para Daniel, ler aqui. Verifique, também, um outro de nossos artigos sobre a autenticidade do livro de Daniel aqui.

Uma observação a mais sob este ponto quanto a historicidade. O historiador Josefo, do primeiro século E.C., comentou que quando Alexandre, o Grande, varreu a judeia durante o quarto século A.E.C., ele se deparou com uma procissão de sacerdotes judeus. O sumo sacerdote veio para diante Alexandre e mostrou-lhe o livro de Daniel onde suas conquistas foram diretamente profetizadas. Este ato impressionou Alexandre, e, como resultado, aos judeus foram concedidas grandes benevolências sob seu reinado.

Isto significa que Daniel foi escrito antes de Alexandre e que as profecias foram precisas. Obviamente, os céticos consideraram as declarações de Josefo como falsas—apesar do fato que Josefo viveu dois mil anos mais próximo dos eventos reais do nós. Mas a história nos mostra que aos judeus foi concedida grande liberdade sob Alexandre. Por quê? Daniel fornece parte da resposta.

A maior, e mais negligenciada, prova para a datação tradicional de Daniel é as profecias.

Profecia.

Lembre-se, o real motivo o qual minimalistas re-datam Daniel para uma data tardia é porque eles acreditam que tais eventos vividamente descritos não poderiam ter sido preditos com antecedência. Portanto, Daniel deve ter sido escrito após as suas profecias.

Há, contudo, um problema. A datação revisada, do segundo século A.E.C., ainda assim é muito anterior ao cumprimento extraordinário da maioria das profecias de Daniel!

Se possível, a Daniel seria dado uma data muito mais tardia—pelo menos, preferencialmente, no quinto século E.C. O fato de que uma cópia de seu livro existir já no segundo século A.E.C., significa, no entanto, que esta é a data mais tardia que os estudiosos são compelidos a aceitar. É assim, então, que eles procedem, apesar de a evidência acima dizer o contrário, datando Daniel após as profecias notáveis do Império Grego e Antíoco VI terem sido cumpridas.

Mesmo as profecias detalhadas de Daniel incluírem, também, o Império Romano. Daniel descreve de forma muito clara quatro reinos de homens de poder mundiais sucessivos: primeiro, o babilônico; segundo, o medo-persa; terceiro, o grego; e, finalmente, o romano.

A precisão das profecias sobre o Império Romano é incrível. Daniel profetizou que isso ocasionaria na destruição de Jerusalém e do templo (cumpridos c. 70 E.C.). Não somente a fundação original do império doi profetizada, mas, também, a tomada pelos vândalos, seguida dos hérulos, seguida dos ostrogodos (quinto a sexto séculos E.C.). Assim foi a Restauração Imperial de 554 E.C. E assim foram as seguintes “ressurreições” similares do império: o Reino Franco (começando c. 774), o Sacro Império Romano (c. 962), a Dinastia Habsburga (c. 1520), o reino de Napoleão (c. 1805) e os regimes fascistas ítalos germanos, culminando no Terceiro Reich (c. 1870–1945). E, de acordo com o livro de Daniel, haverá uma ressurreição ainda mais destrutiva do Império Romano antes da vinda do Messias. Você pode ler explicações dessas profecias em nossos livretos gratuitos Who or What Is the Prophetic Beast? [Quem ou O Quê é A Besta Profética?], de Herbert W. Armstrong, e The Holy Roman Empire in Prophecy [O Sacro Império Romano na Profecia].

Apesar de todos os esforços para dar a Daniel uma data tardia, nenhuma data é tardia o bastante para escapar de sua linha do tempo profética. O livro de Daniel não foi escrito para os dias dele—o profeta, reconhecidamente, escreveu sobre quão confuso, ele estava com as profecias. Ainda assim, Deus o instruiu:

Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará. . . . Ele respondeu: Vai, Daniel, porque estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim” (Dn 12:4, 9).

Somente agora, neste “tempo do fim,” que o livro de Daniel tem sido completamente revelado. Daniel não poderia ter sido plenamente compreendido em qualquer outro momento na história. Veja a literatura anteriormente mencionada para uma descrição completa disto, bem como History and Prophecy of the Middle East [História e Profecia do Oriente Médio].

A profecia contida no livro de Daniel prova que um Deus existe, que é capaz de predizer o futuro (Is 46:10). Não há como argumentar diferente. Tanto faz se no caso ou não Daniel for datado tradicionalmente ou no segundo século. O único curso de ação é aceitá-lo ou ignorá-lo.

A Palavra de Deus

A prova para a composição da Bíblia em sua forma original, literal, é abundante. Considerando tantas evidências, devemos perguntar: POR QUE a re-datação radical da Bíblia Hebraica para um tempo tão tardio?

Aqueles que tentam constantemente desacreditar e desmerecer a Bíblia, muitas vezes, fazê-lo sem quaisquer evidências—apenas com um viés preconcebido. Não há uma simples descoberta que tenha refutado a Bíblia. Com mais e mais descobertas sendo feitas, mais uma prova está vindo a esclarecer que até mesmo uma data tardia não interfere no cumprimento dessas profecias!

Sendo esse o caso, a Bíblia não pode ter sido obra de meros homens mortais. Deve ter sido divinamente inspirada por Deus “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Is 46:10).

A profecia cumprida é uma das maiores provas [em favor] da Bíblia. Um terço inteiro da Bíblia é profecia; desse terço, 90% pertence ao tempo do fim—nosso tempo hoje. Para mais informação sobre este assunto, leia nosso livreto The Proof of the Bible [A Prova da Bíblia] e cheque nossa página Prophecy em Watch Jerusalém. Detalha a ordem das sucessivas profecias bíblicas do tempo do fim para ficarmos vigilantes.

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1 comentário

  1. Gilvanete dos Santos Responder

    Essa publicação e muito interessante, deixa claro que os escritos tiveram a participação de diferentes pessoas desconhecidas. Descreve de forma clara que homens foram realmente inspirados por Deus ao escrever a Bíblia

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